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Esta prosa serve apenas para que este mês fique com um belo e redondo número de posts!

Desejos incontinentais

O Incontinental deseja-lhe um feliz ano de 2007, tão ou (se possível) mais pateta que este.
E por falar em pateta, fiquem com dois dos meus sketches preferidos dos Python: as Olimpíadas Patetas, do programa especial feito para a televisão alemã, e o Concerto para Piano n.º 1 de Tchaikovsky, por Sviatoslav Richter e Rita.

Regime de Altas Pressões

Juízes "não se sentiram" pressionados por pareceres enviados por Sócrates - Artur Maurício, presidente do Tribunal Constitucional

O mesmo referiu, mais tarde, em off, ao Incontinental, depois de um sumptuoso jantar regado por três garrafas de Quinta da Pacheca Reserva 2003: «o chato, pá (pausou para assoar o nariz sonoramente e continou)... O chato foram os telefonemas. Dassssssssssssssse!».
Depois disto, entregou-nos a transcrição de um dos telefonemas e pediu-nos €3 para o taxi.
Como aqui no Incontinental nos eriçamos todos com essa coisa de ler, pedimos a dois amigos que o fizessem por nós e para nós representassem a conversa:

E giene?

Uma mulher ficou presa num elevador durante três dias, em Paris. Aumenta, assim, o já extenso rol de desculpas francesas para não tomar banho.

Meritocracia

Tenho, novamente, um circo à porta de casa, de seu nome "Circo Mérito" (juro!). No princípio, achei o nome muito idiota, mas depois pensei melhor. Afinal, se há coisa que a vida me ensinou é que a conversa do mérito é para palhaços.

Trivia: este é o post n.º 500 do Incontinental, o 6.º desde que o blog é escrito por duas pessoas e o primeiro desde que me sentei no sofá, hoje, depois de jantar.

Excedentários da Função Pública: solução à vista?

Investidos quatro milhões de euros para resolver problema dos inertes no distrito de Portalegre

Criação de aterros e produção de brita

Sabendo que o nosso Primeiro-Ministro é pessoa ultra-pragmática e desassombrada quanto a idelogias passadas, espero, contudo, que se coíba (não os charutos!) de seguir o exemplo daquele distrito do interior.

Para começar, recomenda-se que se atribua aos funcionários um rótulo menos estigmatizante; depois, e tendo em conta o know-how acumulado durante anos no denominado "assentamento de rabo em cadeiras", creio que, com sucesso, essas pessoas deveriam ser depositadas ("assoreadas" será melhor terminologia) em lugares onde a sua simples presença seria extremamente benéfica, como sejam bibliotecas, espectáculos culturais da cidade do Porto e estádios de futebol construídos com fundos públicos.

E, pensando bem, assim, até seriam poucochinhos...

A (cada vez menor) Biodiversidade

Depois de Xiitas, Sunitas, Palestinianos, Sudaneses (já agora, quase toda a África) entre outros:

Governo norte-americano quer incluir urso polar na lista das espécies ameaçadas

Espírito Natalixo

Depois de:

- ter mudado toda uma geração com a sua Ding Dong Song (quem alguma vez pode dizer que ficou indiferente ao bom gosto e à genialidade do lirismo de: «Ooohhh! You touch my Tra-la-la. Hmmm... My Ding-Ding-Dong!»?);

- ter "descansado" ao som do menos substancial hit de Verão Teeny Weeny String Bikini;

- ter estendido uma mão a Samantha Fox com a "reinvenção" do clássico Touch Me;

Günther reaparece em cena, piscando o olho - como só ele sabe - ao Natal, com a sua Christmas Song.
Tendo em conta a própria razão da celebração desta época, o único comentário que nos apraz dizer é: Jesus!...

Já agora, façam um favor a vocês próprios e vejam o site do artista... Um génio, vos digo!

Notícias do Além

Aproveitando o chamado rigor mortis, o Padrinho da Soul, James Brown, entrou Paraíso dentro, cantando:

«Get Up (Get On Up)

Get Up (Get On Up)

Stay on the scene (Get On Up)

Like a sex machine (Get On Up)».

Não fumar pode fazer mal à saúde...

Enquanto uns e uma acendem cigarros para disfarçar aromas etéreos, outros - que não são possuidores de tão ímpias distracções e não têm como não gramar o companheiro do lado - tentam, candidamente, fazer valer os seus pontos de vista, de uma forma diplomática.

A história não tem moral, se é que pensavam que iam obter essa (sobrevalorizada) satisfação...

Bem. Vamos pôr as coisas desta maneira: porque é que NUNCA há tabaco por perto quando precisamos MESMO dele?

Muppets: animal baterista

O segundo vídeo é mesmo muito engraçado.

Bem-vindo, Roger!

É com muita alegria que, nesta casa, passo a receber as visitas juntamente com o Roger The Shrubber. Em sua honra, aqui fica um excerto do argumento do filme "Aeroplano", Roger.

"Tower : Flight 2-0-9er, you're cleared for take off.
Oever : Roger!
Murdock : Huh?
Tower : L.A. departure frequency 1-2-3 point 9er.
Oever : Roger!
Murdock : Huh?
: Re-quest Vector, over!
Oever : What?
Tower : 2-0-9er clear for vector 2-3-4.
Murdock : We have clearance Clarence.
Oever : Roger, Roger. What's our Vector Victor?
Tower : Tower's radio clearance, over!
Oever : That's Clarence Oever! Oever.
Tower : Roger.
Murdock : Huh?
Tower : Roger, over.
Murdock : Huh?
Oever : Huh?"

E, já agora, um outro, já da sequela, na mesma linha.

"Simon: Gentleman, I'd like you to meet our new captain.
Clarence Oveur: Gentlemen, welcome aboard.
Simon: Captain, your navigator, Mr. Unger, and your first officer Mr. Dunn.
Clarence Oveur: Unger.
Unger: Oveur.
Dunn: Oveur.
Clarence Oveur: Dunn. Gentlemen, let's get to work.
Simon: Unger, didn't you serve Oveur in the Air Force?
Unger: Not directly. Technically, Dunn was under Oveur and I was under Dunn.
Dunn: Yep.
Simon: So, Dunn you were under Oveur and over Unger.
Unger: Yep.
Clarence Oveur: That's right. Dunn was over Unger, and I was over Dunn.
Unger: So you see, both Dunn and I were under Oveur, even though I was under Dunn.
Clarence Oveur: Dunn was over Unger, and I was over Dunn."

So you wanted to see a blow job...

"A escalada de violência em Gaza chegou aos cyber-cafés que estão a ser alvo de atentados por, alegadamente, autorizarem os clientes a visualizar pornografia."

I am Roger, The Shrubber!

«Oh, what sad times are these when passing ruffians can 'nee' at will to old ladies. There is a pestilence upon this land, nothing is sacred.
Even those who arrange and design shrubberies are under considerable economic stress at this period in history»

Mudanças

Sendo verdade que este blog me garante rendimentos milionários e que, só com o seu sustento, nunca mais teria que trabalhar, não é menos verdade que se me meteu na cabeça - sem que ninguém, designadamente instituições de ensino, o sugerisse - fazer um doutoramento em cinco anos.

Ora, um doutoramento em cinco anos é coisa para ocupar uma data de horas. Daí que os meus posts no Incontinental (que continuarão - larguem essas adagas apontadas ao peito!) vão diminuir a cadência, passando a um ou dois por semana.

Para compensar, a página vai passar a ser escrita por duas pessoas, a segunda das quais se revelará por estes dias.

Cada um de nós usará o nome de uma personagem "Monty". Eu passarei a assinar como French guard from the castle of his master, Guy de Lombard. O nome é grande, mas a figura vale a pena.

Até já.

Hoje no Porto, amanhã na cantina de Custóias...

"Pinto da Costa serviu jantar aos sem-abrigo da Invicta".

Escândalo no Sítio do Picapau Amarelo

TELEX LUSA: No Sítio do Picapau Amarelo reina a confusão. Supostamente, a segunda perna do Saci teria dado inesperado consolo à malvada Cuca, que enfeitiçou de amor o simpático perneta.
Instada a comentar, Narizinho, neta da Dona Benta, imputou a maledicência à boneca Emília, rematando: "-É uma língua de trapos!".

Edições Incontinental

O Incontinental sempre apoiou as artes, da música à escultura, da pintura ao strip poker. Muitos apontam este blog como o grande mecenas do século XXI, outros como um perfeito idiota (os últimos, naturalmente, estão apenas ressentidos por não serem subsidiados).
Recomendamos a leitura de uma obra inteiramente apoiada por nós - o n.º 1 das Edições Incontinental - cujo resumo aqui fica, pela pena de Eduardo Prado Coelho (ou será o Miguel Ângelo dos Delfins?... Não me lembro!).

"As novíssimas Edições Incontinental legam-nos, aqui, um finissimamente recortado romance urbano. É com imenso prazer que se viram as páginas, atrás do curioso percurso do protagonista: Carlos, da Maia (da cidade, entenda-se, e não "Carlos da Maia", o tarado que se roçava na mana). De dia, ele é um pacato funcionário da 1.ª Repartição de Finanças da Maia; à noite, esquece a monotonia e o fato cinzento, despe-se literal e figuradamente, parte à aventura e veste-se de mulher, para ganhar mais uns cobres vendendo prazer a suburbanos envergonhados que gostam de travestidos. Não perca, numa banca perto de si, o romance autobiográfico «Ele, Carolina»".

I Feeeeeeeeeeeeeeeeeel... Not So Good

James Brown morreu aos 73 anos.

O título alternativo deste post era: «pai da "Soul" encomendou-a ao Criador».

Um resumo do ano para muitos

Fonte: Dilbert.com
(Em tamanho grande aqui.)

Mensagem de Natal

Todos os anos, milhares de árvores são cortadas para, após breves enfeites, serem prontamente atiradas para o lixo. Não compre árvores de Natal.

Todos os anos, o estimado leitor compra presentes, apressadamente, sem verdadeiramente se preocupar, por dever de ofício, para oferecer a parentes que: a) não gostam de si; b) agradecem com o sorriso mais luminoso; c) desdenham de si, e do presente, qualquer que ele seja, assim que lhe viram costas, aproveitando o ensejo para se rirem de histórias, parcialmente inventadas, com o exclusivo intuito de humilhá-lo perante terceiros.

O que fazer com o dinheiro, então? Pode considerar enviá-lo para um organização humanitária que subsidie os países pobres, mas não é, definitivamente, uma boa ideia. "Toda a gente sabe" (porque é um mito urbano, e estes nunca falham) que 99% do dinheiro é consumido pela própria burocracia da organização, enquanto que 99% do sobrante 1% alimentam os pequenos grandes luxos da corrupção do Estado de destino. Sinceramente, quer gastar o seu dinheirinho, que tanto lhe custa a ganhar (ultimamente, já só tem 3 pausas para café, de manhã), para pagar a ponta de uma pata de lagosta na consoada de um ministro corrupto de um país qualquer, que já engorda com o tráfico de armas e diamantes? Pode argumentar que, ainda assim, 0,01% da sua ajuda chega ao destino, mas estudos comprovam (Quais estudos? Tenho ali o link e depois mando.) que mais de metade dos sacos de farinha atirados de avião em África não são da marca que agrada aos destinatários.

Entregar o dinheiro a uma organização solidária nacional é ainda menos sensato, pois, como se sabe, o país vive lindamente e a rede de apoio social faz com que qualquer sociedade nórdica pareça a Favela da Rocinha. Toda a massa que lhes der vai ser gasta a imprimir cartazes e pagar anúncios para pedir mais financiamento, num sistema autofágico absolutamente irracional.

Não gastar, poupando, está fora de questão, não só porque o sistema de reformas vai continuar sustentadíssimo, como ainda porque vai ajudar à engorda dos bancos e outros intermediários financeiros, que lhe pagam com meio por cento de juros reais, comissões abusivas, vendas cruzadas e, se se atrever a pedir um pouco mais, atiram-lhe com um "rendimento esperado de 20% sem capital garantido" e devolvem-lhe, após dois anos, uma miséria com a qual não consegue pagar um prato de tremoços. Aliás, a palavra "spread" é apenas parte de uma expressão mais ampla - "spread your legs" - que o banco tem vergonha de lhe endereçar.

O Incontinental propõe, por isso, que enderece todas as suas poupanças ao autor do blog, que cuidará de convertê-las em livros, CDs e charutos caríssimos, em rigorosíssimo proveito próprio. O que ganha com isto? A mais pura e refrescante verdade sobre o destino do seu dinheiro, que mais ninguém lhe transmite. A verdade! Num mundo de enganos, ilusões e falsas aparências, é, de facto a melhor (talvez a única) prenda que lhe poderiam dar.

Boas Festas - porque o Natal também pode ser estranho

Boas Festas, feliz "El Caganer"! Qué?

Marta, bati!

"Dragões de Komodo podem reproduzir-se por autofecundação."

Só falta geminar com a Galileia

"Lawmakers have drawn up a resolution naming Jesus Christ as the honorary king of Poland."

Instado a comentar, Jesus veio esclarecer. "Com esta invernia, não é a mim que me apanham lá pregado... Eu quero é calor e sossego. Ainda pensei em ganhar a vida como ilusionista em Bora-Bora, mas as moedas caem-me todas pelo buraco das mãos."

Mega-selecção Overheard in New York

Aqui fica uma escolha do melhor dos últimos dias (desculpa lá, ó Maquinista, a usurpação americana do "ouvisto de passagem").

Bimbette: What's the plural of 'Jesus'? Jesuses? Jesi?
Friend: Why would you ever need to pluralize 'Jesus'? There's only one!
Bimbette: Well, like, if you were at a Halloween party or something and you had to tell your friend 'There were, like, eight Jesi at the party last night!'
Friend: Just stop talking.

NYU ditz #1: So, this hobo on the train is selling Paris Hilton's urine as perfume! It was all yellow in a jar and he was like, 'Yeah, she took a piss and I've got it to sell - 20 bucks a pop.'
NYU ditz #2: No freaking way - what did it smell like?
NYU ditz #1: Like urine - I just can't believe he collected her urine... [Baffled pause] You think it was really hers? I love Paris Hilton!

Toddler pointing out window: Fuck, fuck.
Mother: No, that's 'truck.' Tuh-tuh-tuh-truck.
Toddler: Tuh-tuh-tuh-fuck.
Mother: Oh, man.

Guy #1: You know Frank Zappa, right?
Guy #2: Not personally.
Guy #1: Well, he's dead, but you know who he is?
Guy #2: Yeah.
Guy #1: Well, you know his song, 'Suzie Creamcheese'? Apparently, my dad fucked Suzie Creamcheese.
Guy #2: For real, or just in his head, like an old-guy fantasy?
Guy #1: For real -- I have it from two different sources.

Fecho

E assim acontece. Para o ano há mais festejos. Vou ali acabar "de pé-nalte" a minha garrafa de Champomy!

Um ano de Incontinental, parte V: declaração de interesses

No Incontinental, pensamos ser essencial que cada blogger divulgue uma declaração de interesses, para que os outros possam avaliar as tendências dos autores. Neste espírito de abertura, anuncia-se que o presente blog é associado e/ou simpatizante dos seguintes movimentos:

- Associação para a Preservação dos Tacos de Madeira Maciça que Ficam Danificados Quando Batem nas Cabeças das Focas-Bebés nas Praias do Canadá; e

- Associação Humorística para a Reabilitação de Manuel Monteiro.

Um ano de Incontinental, parte IV: uma mini-biografia da "Wankipedia, the wankers' enciclopedia"

Reparámos que muitas biografias de encomenda perdem a objectividade, caindo facilmente na bajulação do visado, não disfarçando os exageros e acrescentos das qualidades nem a omissão deliberada dos defeitos. No entanto, tal fenómeno não nos incomoda, pelo que mandámos escrever uma pequena biografia do autor do blog a uma empresa especializada, que a disponibiliza no seu famoso website "Wankipedia: the wankers' enciclopedia".

"Desde muito cedo o autor do Incontinental sonhou dedicar-se a causas humanitárias, salvar o mundo, ser reconhecido por tal e, por essa via, conhecer a intimidade de uma mulher. Quando, ainda no colégio, um padre lhe explicou que a intimidade pode conseguir-se por caminhos menos indirectos, exclamou o petiz - "Mas o que fazemos ambos num chuveiro ao mesmo tempo? Onde estão os meus amigos?".
Assim desfeita, abruptamente, mais uma incógnita do mundo, o jovem mergulhou, afoito, na filosofia, estudando atentamente o almanaque Borda d'Água, noites a fio, tentando descobrir as relações ocultas entre as marés, a natureza humana e a calendarização da feira semanal de Melgaço. Quando descobriu, finalmente, e contra todas as expectativas, essa mesma relação e concluiu que, de facto, ela explicava a natureza humana em todas as suas cambiantes, logo se desinteressou do assunto e procurou outras ocupações.
Nos anos que se seguiram, foi impossível dominar um sentimento de constante insatisfação, que o impediu de ter gosto nos ofícios que, contrafeito, abraçava. O Estado olhava-o de esguelha, desconfiado do seu génio e independência de pensamento. Não admira, pois, que qualquer pretexto servisse para persegui-lo e, a certa altura, tentaram prendê-lo por exercer ginecologia sem habilitações (como se não exercesse melhor que muitos encartados, pois fazia-o por gosto e não por dinheiro). Exilou-se em Lanzarote, mas, encontrando o local mal frequentado, partiu para a Amazónia. Aí, escutou, atento, uma prelecção particularmente tocante de um grupo de ambientalistas que explicavam a progressiva destruição de espécies animais e vegetais únicas às mãos das empresas que, sedentas de dinheiro, abatiam a floresta e privavam o mundo do seu principal pulmão. O relato tocou fundo num ponto sensível do seu coração e resolveu, ali mesmo, ser madeireiro.

Enriqueceu muito e depressa.

O dinheiro, porém, não lhe enchia, ainda, as medidas generosas, pelo que se entregou, por completo, às artes. Foi escultor, poeta, dramaturgo, actor, pintor e realizador de cinema, tendo recusado os Nobel de todas as categorias (incluindo os científicos e aquele mais larote, da paz), foi entrevistado vezes sem conta por todas as principais figuras da TV (o 60 minutes preparou um especial chamado 120 and a half minutes e Jay Leno tremia, à sua frente, sem saber o que dizer).
Entretanto, nas horas vagas, resolveu juntar raspas de limão com doce de maracujá e umas ervas do quintal da mãe, descobrindo, por acaso, a cura para o cancro, o HIV e aquela espiral de cotão que se forma no rego do rabo, de onde retirou ainda mais fama e fortuna. No final do ano passado, ficou conhecido como o primeiro homem a escalar os sete maiores picos do mundo às arrecuas.
Apesar de uma vida de conquistas, Dezembro de 2005 foi um mês que começou com uma estranha e inexplicável sensação de vazio, que anos de originalidade não conseguiram resolver. Ocorreu-lhe então o seguinte paradoxo: talvez a solução não fosse ser invulgar, mas antes ser comum, fazendo o que todos fazem. O único problema foi determinar que actividade estaria suficientemente generalizada para lhe garantir o estatuto de homem vulgar. Eliminou o sexo, por raramente ser praticado por menores de 12 e maiores de 60 (salvo clérigos e suas confessadas, que mantêm a fasquia alta), e a ida à bola, porque os estádio andavam vazios. Foi então que reparou que toda as pessoas, de todos as raças, credos, orientações políticas, odor e arrumação de dentes, tinham um blog. O que poderia ser melhor do que esse pandémico e gratuito abrir de pernas à sociedade? Haveria algo mais democratizado?
Quanto ao tema do blog, não foi difícil escolher, pois muitos lhe tinham apontado - aqui e ali com preocupação notória - uma coerente reincidência na parvoíce, a qual, elevada à mais subida potência, mantém viva a obra e, finalmente, realizado o seu autor."

Um ano de Incontinental, parte III: "Eu, Svetlana" - excerto do livro de confissões de uma antiga acompanhante do autor do blog

"Eu chegar no Portugal muito cansada do autócarre, porque vinha no mala. Trazia 1.000.000.000.000.000.000 rublos, que só mais tarde percêbi que váliam 50 cêntimos. A péssoa qué métrouxe paráca dizia qué eu vinha para trabálhar como engênheira da Central Nucléar de Pêdrulha, em Côimbra, más afínal, como explicou ele, a cêntral estava fêchada e eu tive que arranjar outro trábalho.

Fui trabálhar para o Incontínental, para procúrar notícias ordínarias, porque o áutor era muito bárrasco. Gánhava 5.000.000.000.000.000.000 rublos - muito dínheiro, se não cômer. O áutor do Incontínental tinha muita flatúlencia e eu tinha que fúmar cígarros para disfárçar o cheiro.

O áutor do Incontínental mandou bater no Pácheco Péreira e outros concôrrents. Fui eu que páguei aos qué báteram, porque ele tinha meu pássaport.

Um dia, vi um documentário sobre Rússia, com família do Presídente e disse "aí ésta filho de Putin" e áutor do Incontínental pérdeu cábeça e ficou com mais flatúlencia. Tive que fúmar mais cígarros. Voltei para Rússia porque não ganho para tábaco."

...hiato...

até mais logo!...

Um ano de Incontinental, parte II: Figuras da História em acções pouco conhecidas - XXIX (especial de aniversário)

(Édipo, no banho, alguns momentos antes de perceber que, na noite anterior, quando gritou "ai, Mãezinha!", num clímax irrepetível, surpreendentemente acertou. Como se sabe, a descoberta de que era filho de Jocasta levou o Rei de Tebas à depressão, razão pela qual se cegou e abandonou a gestão do Complexo Empresarial e Industrial de Tebas, mais tarde rebaptizado, em sua honra, como Complexo de Édipo.)

Um ano de Incontinental, parte I: a consagração de uma piada esquecida

(Na imagem, Martinho Lutero: um Pastor Alemão)

Festejos

O Incontinental celebra amanhã um ano de idade (o génio do blog revela-se no facto de falar desde o primeiro dia). As comemorações têm início às 00:00 horas, com a imortalização em blog de uma piada de que só alguns amigos dos tempos da faculdade se lembrarão. Depois, ao longo do dia (lá para o fim da tarde, que antes disso tenho mais que fazer), aparecerão notícias, uma biografia e as mensagens que cheguem das representações diplomáticas. Os lucros das visitas reverterão a favor movimento "Hematomas Nunca Mais", de C. Salgado.

Educar é mais do que dar aulas

Duas professoras de liceu gémeas e lésbicas seduzem uma estudante. Quem disse que a vida não consegue imitar um argumento rasca de filme pornográfico?

(Não conseguiram disfarçar o estranho hálito a delícias do mar.)

Reviver os clássicos de Monty Pyhton - IV

Em 29 de Novembro de 2002, realizou-se, no Royal Albert Hall, um concerto em memória de George Harrison (Concert for George). Michael Palin, com idade notória mas o espírito intocado, contribuiu com a fantástica lumberjack song. Aqui fica o registo e, como bónus, deixo também o sketch original (completo: não apenas a canção) e a versão do episódio em alemão (as legendas não são tradução fiel, mas apenas transcrição da versão inglesa).

Investigação rodoviária

Uma galdéria viaja sem cinto de segurança, a mais de 160 km/h, através de um túnel de Paris, num automóvel conduzido por um motorista embriagado, que provavelmente vê ruas duplicadas (uma delas virada para o além, que acabou por apanhar). 9 anos depois - 9 anos! -, chega-se à conclusão que, se calhar, todos aqueles factores justificam um acidente e não uma estranha alergia a vigas de betão patrocinada pelos serviços secretos.

Ideias avulsas para construir um mundo melhor

Não seria excelente que uma hipotética Tuna Feminina do Curso de Engenharia Aeroespacial se chamasse "MasTurbina"?

...especialmente os que estão fora de prazo.

"Ministro apela à redução do preço dos medicamentos antigos..."

Low expectations

"Actress Kirstie Alley insists on waiting six months before letting potential partners into her bed". No entanto, segundo analistas ouvidos pelo Incontinental, o risco de ter efectivamente que dormir com ela após os ditos seis meses é ainda demasiado alto para atrair interessados.

Votações

O Incontinental promoveu uma grande votação nacional para escolher o melhor blogue com afluência média diária de 30 a 40 visitantes que ajavarde medianamente sobre fundo preto. A pool de especialistas inclui o autor de um desses blogues e muitas figuras das "artes" e das "ciências".

Os resultados serão conhecidos em breve, mas por cá já se abre uma garrafa de Champomy.

Christmas Gatos

Via Markl.

Ossos do ofício

Quem vai para o CEJ espera horas infindáveis de trabalho como magistrado judicial ou do ministério público, diligências intermináveis, noites perdidas, vida social limitada pelas pilhas de processos à espera, adiamentos sucessivos de jantares, "um copo" e outros compromissos sociais, estudo, sistematização do saber compensada através de ocasional ou sucessiva incompreensão dos cidadãos em geral e jornalistas em particular, deslocação sucessiva a comarcas distantes, ventania a entrar pelas janelas do gabinete mal calafetadas, durante a lenta caminhada na via profissional. Tudo isto cabe ainda na gorda esfera do admissível. Mas, se lhes dissessem que, no exercício das suas funções, teriam que ler o livro da Carolina Salgado, ninguém lá punha os pés.

Incontinental - a pitonisa dos tempos modernos

Eu bem disse.

Reviver os clássicos de Monty Python - III

O papa e Miguel Ângelo discutem sobre a (pen)última ceia, os 3 cristos, os 28 apóstolos e o canguru... "I'm the bloody pope, I am. May not know much about art but I know what I like!"

Deep Throat

Carolina Salgado, que já era deep throat num primeiro sentido, é-o agora também, e com incrível confiança, num segundo.

Concorrência feroz

"Malária ajuda à disseminação da SIDA". Paris Hilton agradece, mas diz que não precisa de ajuda.

Por cada Nelson Mandela há uma Britney Spears

"Após ter causado o escândalo e a delícia da imprensa cor-de-rosa por andar nas discotecas com Paris Hilton e ser fotografada sem roupa interior, Britney Spears vem agora pedir desculpas oficiais, assumindo que levou a liberdade «um pouco longe demais»."

Está nas escrituras

As dez passagens mais estranhas da Bíblia. São mesmo estranhas, mas o link da página parece confirmá-las.

Depois do 9/11, o 12/6

Daqui voo AA1234, da American Airlines, over.

Daqui torre de controlo do aeroporto de Nashville, over.

Olá, viva, Nashville. Tudo bem? Não há aí uma pista para aterrar? Over.

Eh, pá... Haver até há, mas porquê? Estais com fogo nos motores? Over.

Não, é mais uma passageira com fogo no rabo. Parece que os gases estão... over and out.

Notícia aqui. Obrigado à SSR, que está a ficar uma verdadeira assistente oficiosa do Incontinental, na caça da notícia bizarra.

Ali G fala sobre drogas

É inacreditável a pedalada do homem...

White trash

O semanário Sol noticiou que Britney Spears se andou a pavonear sem cuecas por todo o lado, na companhia daquela doença venérea que dá pelo nome de Paris Hilton. Para ilustrar a notícia, reproduziu esta fotografia.

Num primeiro momento fiquei indignado com a intolerável censura, mas depois fui procurar a imagem original e acho que fica muito melhor assim.

A sério, garanto-vos que não querem ver. Não vejam. Mesmo, mesmo, OK? Bem, se querem mesmo mesmo mesmo mesmo ver, está aqui, mas não me venham depois pedir contas.

Preços da moda

"O vestido preto usado por Audrey Hepburn na cena inicial em Boneca de Luxo (Breakfast at Tiffanys’s, 1961) foi vendido hoje por cerca de 600 mil euros".

Foi tão caro que chegou a ser preciso usar dois cartões de crédito de administrador não executivo do Metro do Porto para pagá-lo (mas é "uma pinta" de despesa de representação, ainda que tenham que emagrecer um bocado até caberem nele).

Falar para o boneco

Daniel Craig: he's been pumping and it shows

"Daniel Craig is urging movie bosses to revolutionise the James Bond franchise by including a gay scene involving the superspy in the follow-up to Casino Royale". Fonte: IOL Ireland.

Borat - Hino do Cazaquistão (versão do filme)

Penso que não será um grande spoiler, mas, na dúvida, se não viram o filme e não querem arriscar, passem à frente. Para quem viu o filme é mais uma oportunidade de partir o coco a rir.

Pinochet, para o inferno vai você!

Parece que é desta. O sujeitinho já recebeu a extrema-unção (mera formalidade para escorregar melhor na descida). O Senhor das Trevas tem preparada uma cadeirinha especial para o democrata e um cocktail de enxofre, para lhe ir limpando as entranhas, com uma sombrinha e uma azeitona na ponta de um palito.

Notícias administrativas

Retirei o motor de busca à direita porque o botão "search blog" da barra superior funciona melhor.

O Stat Counter revela-me que, entre as pessoas que consultaram o Incontinental nas últimas horas, houve redireccionados do Google que procuravam:

- "monelhos" (7 pessoas)

- "bows made decoration"

- "literatura" (imagino a desilusão)

- "CENÁRIO DE 007 FOR YOUR EYES ONLY FOTOS" (assim em maiúsculas - devia estar a berrar)

- "calendario 2007 mulher nuas"

- "calendário mulher nua de 2007"

- "Sado masoquismo volts"

- "contrafacção de dinheiro"

E os melhores de todos:

- "fotografias que mostre tuberculosos" (assim mesmo - "que mostre", no singular)

- "picha venda da gaita miguel esteves cardoso"

Há que danificar a camisola e o clube

Sacha Baron Cohen

Quem é amigo, quem é? Duas raras entrevistas de Sacha Baron Cohen enquanto tal: uma com o Jon Stewart e outra (em três partes) com Howard Stern - esta última com óptimas histórias das filmagens de Borat e Ali G.

Grande motor de busca

Who wouldn't hit her... it?

Daily Show - Grandes invenções

Onde mais aprender que o cinto de castidade masculino pode não ser desconfortável?

Michaels Richards: 2 vídeos

Deixo aqui dois vídeos de Michael Richards. O primeiro é de um espectáculo de stand-up (dos normais, que não correram mal). O segundo é um excerto de um filme dos anos 80, em que o actor imita um african-american...

A história romântica do dia

Após 30 anos de separação, um homem reconcilia-se com o seu primeiro amor (aqui).

Simpsons Voices

Várias vozes dos Simpsons, em entrevista.

Boa, pequenito!

Para ajudar a compreender uma parte da América incompreensível.

Reviver os clássicos de Monty Python - II

Hoje, o mais do que clássico spam sketch, a partir do qual a palavra foi aproveitada para designar, mais tarde, o nosso junk mail.

Literatura de ponta

O melhor acompanhamento musical para ler o livro de Santana Lopes.

Quando for grande quero ser...

"Se a pessoa ficar direitinha corre tudo muito melhor."

"É um trabalho normalíssimo."

"Em miúdo queria ver o sistema digestivo."

Tudo isto e muito mais na entrevista ao melhor executor da Arábia Saudita (transcrição aqui), com especial destaque para a curiosidade imparável dos entrevistadores em estúdio.

Efemérides

Ah, o 1.º de Dezembro, que tantos portugueses celebram torrando dinheiro no El Corte Inglés.