28.2.06

Nada a acrescentar

"Levanta-te e chora". Este comentário é perfeito.

Referência "Python"

A Palestina vai receber 120 milhões de euros da UE. Boas notícias para o negócio de "Harry, The Haggler"...



HARRY THE HAGGLER: Stones, sir?

MANDY: Naah. They've got a lot there, lying around on the ground.

HARRY THE HAGGLER: Oh, not like these, sir. Look at this. Feel the quality of that. That's craftsmanship, sir.

MANDY: Hmmm. Aah, all right. We'll have, uh, two with points and... a big flat one.

BRIAN: Could I have a flat one, Mum?

MANDY: Shh!

BRIAN: Sorry. Dad.

MANDY: Ehh, all right. Two points, ah, two flats, and a packet of gravel.

25.2.06

Consultório íntimo do Incontinental

Carta de um leitor devidamente identificado:

Em tempos sonhei sair à rua num dia frio de Inverno, praticamente nu, agitando os braços ao som de ritmos tropicais, sorrindo enquanto a minha pele encarquilhava por acção do vento gelado e bebendo a água da chuva. Guardei este sonho em segredo, por vergonha e receio da censura social. Sei que sou louco. Haverá um lugar para mim, neste mundo?


Sim, caro leitor, há até vários: Ovar, Mealhada e Estarreja.

23.2.06

Liberdade criativa - thy name is Turkey


The pirate DVD version of Brokeback Mountain made it to Turkey before the offical screenings had a chance to, and evidently the title they’ve gone with translates in Turkish to “Faggot Cowboys.”


Fonte aqui.

Salas de chuto



Uma ideia mais ao gosto da linha conservadora poderá ser a do "salão de chuto": um espaço de prestígio, bem iluminado, revestido a madeiras nobres, para consumo discreto e urbano de cocaína, que, hoje em dia, qualquer executivo de sucesso da capital se vê obrigado a consumir às escondidas, como se de um heroinómano se tratasse.

20.2.06

De como o Direito só estraga o Amor

A versão profunda e inexplicavelmente doentia da convenção antenupcial está aqui (vale a pena tirar três minutinhos para ler).

Figuras da História em acções pouco conhecidas - II


(Mussolini ensinando Hitler a atrair a atenção de mulheres,
já que nenhum deles sabia assobiar)

Curiosidades

Correndo o risco de transformar este blog num almanaque, aqui estão vinte factoids sobre Presidentes Americanos, incluindo aquele mais recente, da ordem dos primatas.

Conselhos práticos de namoro

Não exagere nas dentadinhas de amor.
(por gentil sugestão de Marsapyna - o link, não as dentadinhas)

19.2.06

TVê-se

O helicóptero e a moto que acompanharam a selecção portuguesa aos jogos do EURO e o corpo de Amália Rodrigues ao Panteão Nacional foram à revisão e voltaram a sair para acompanhar a trasladação do corpo da Irmã Lúcia.

Fátima, Fado e Futebol custam a sair.

18.2.06

Conselhos práticos de espionagem

Jovem espião:
gostas de andar aí, para trás e para a frente, com nomes falsos? Fazes disso a tua vida? Queres ser bom no que fazes? Então, a meio de uma missão com identidade falsa, não insistas em que te creditem os gastos do hotel em milhas do teu cartão pessoal.

A última t-shirt de Roberto Calderoli dirá qualquer coisa como...

...I was a member of the Italian government and all I got was this lousy t-shirt...

17.2.06

Civilização do século XXI

Milhares de chorosas meninas do Kansas vão despir os vestidos de noiva e pegar nas mochilas da escola. Naquele Estado progressista, a idade mínima para casar vai subir dos 12 para os 16 anos. Melhor ainda: houve um voto contra.

Oportunidades perdidas

Oito cidadãos japoneses anteciparam-se a todos nós e decidiram comprar a "raríssima" nota de um milhão de dólares, fazendo bom uso da tão conhecida astúcia oriental.


O insuportável drama da assimetria social

A Hustler, publicação de referência no mundo da pornografia, é distribuída gratuitamente, todos os meses, aos membros do Congresso dos Estados Unidos. Que eu saiba, nenhum deputado português recebe a revista Gina. Isto sim é um sinal da amplitude do drama da assimetria social entre nações ricas e nações pobres. Na hora de cortar o subsídio de reintegração dos deputados - que visa ampará-los no difícil regresso à companhia ruidosa e inoportuna do povo - seria um gesto pleno de simbolismo dar, pelo menos, esta alegria a quem tão dignamente nos representa.

14.2.06

Conselhos práticos de bricolage

Caro leitor,
se pretende crucificar-se sozinho, lembre-se de que, após pregar uma mão, não conseguirá pregar a outra e terá de ligar à polícia para tirar o primeiro prego ou espetar o segundo. O mais estranho é que, apesar de tudo, não terá o privilégio de inaugurar a modalidade.

13.2.06

Interessante

Fotografias dos primeiros microssegundos de uma explosão nuclear

ou, para quem gosta de ligações metafísicas,

os primeiros microssegundos do clarão de luz na mente de quem se lembrou do campeonato Euro-Árabe,

aqui.

Interrogações breves...

...sobre o proposto torneio Euro-Árabe.

I - Se um simples "Braga-V. Guimarães" acaba em pancada de criar bicho, o que se passaria num "FC København-Desportivo de Teerão"?

II - A claque "Snipers de Bagdad" seria revistada à porta do estádio quando o seu clube jogasse em casa?

III - O autocarro do Benfica seria apenas apedrejado no fim do jogo com o "Académico de Najaf" ou ficaria rapidamente transformado num torresmo?

IV - Um cartão vermelho leva à saída do jogador para o balneário ou para uma sessão pública de açoites?

V - Uma equipa de eunucos do "Harém de Nasiriyah" não está em vantagem na hora de defender um livre, já que, por assim dizer, tem menos com que se preocupar?

VI - Será que Freitas do Amaral investiu sem pensar no passe de uma jovem promessa do "Sport Clube de Umm Qasr" e agora não sabe o que fazer com ele, como aqueles que, precipitadamente, compram mini-ginásios anunciados na TV Shop?

12.2.06

Cartazes de filmes da Polónia

(2001: Odisseia no Espaço)


(Regresso ao Futuro)


(O Império Contra-ataca)


Há mais aqui e muito, muito mais aqui.

11.2.06

Fátima trava-línguas

Fátima (a Felgueiras) foi a Fátima (o Santuário), muito discretamente, com centenas de felgueirenses atrás e uma conferência de imprensa marcada. Fátima (a Felgueiras) disse que não foi a Fátima (o Santuário) para agradecer a vitória nas eleições, o que se compreende, uma vez que Fátima (a Nossa Senhora de) não vota em Felgueiras (a localidade) e os agradecimentos são devidos às pessoas de Felgueiras (a localidade), o que podia Felgueiras (a Fátima) ter feito poupando a viagem. Fátima (a Felgueiras) ficou agastada pela presença de jornalistas em Fátima (o Santuário), apesar de ter marcado uma conferência de imprensa. Entretanto, Bento (o XVI) não quer Fátima (o Santuário) conspurcada por seguidores de Buda ou Maomé e vai alterar as regras da casa, para que esta só possa receber católicos devotos e puros, como Fátima (a Felgueiras). Faz todo o sentido, não faz?

O novo imortal

Profissionais de classe

Hoje, Lowell "The Hammer" Stanley. Sim, Lowell "The Hammer" Stanley!

Crónica Social do Incontinental - O jantar da embaixada em Damasco

O Incontinental dispõe de uma secção de crónica social que marca presença nos principais eventos à escala global. A nossa enviada à Síria enviou um relato inédito do jantar e baile da embaixada da Suécia em Damasco que decorreu ontem, relato esse que agora transcrevemos, não na sua provisória versão original, mas sim adaptado por um solícito funcionário do Governo Sírio.

"O jantar volante da embaixada sueca foi lindíssimo e representou uma variação simpática da pasmaceira habitual, face à qual nem conseguimos bocejar sem que uma tempestade nos encha a boca de areia. Todas - mas mesmo todas - as pessoas importantes de Damasco estavam presentes. Não vi jornalistas locais, mas explicaram-me que estes têm por hábito escrever crónicas sobre actos oficiais à distância, mantendo porém a objectividade, graças a elaboradíssimos exercícios de dedução lógica.
No centro da sala, uma janela enorme oferecia uma vista ampla da cidade, apesar de poucas casas terem luz. Ao que pude apurar, através de um membro do Governo, o elevadíssimo nível de vida dos sírios permite-lhes, com muita facilidade, passar os fins-de-semana nos Alpes, pelo que poucas pessoas seriam visíveis na cidade. Porém, num gesto espontâneo de boa vizinhança, alguns jovens de barba improvisaram uma fogueira na embaixada da Dinamarca, ao fundo da rua, o que emprestava um colorido especial à zona. Eram cerca de cinquenta e, para evitar acidentes, quatro polícias controlavam os ânimos, enquantro outros dois distribuíam práticas latas de gasolina, nas traseiras, aparentemente de graça.
Um líder religioso brindou-me com uma lição breve do islão, lamentando a constante deturpação dos ensinamentos de Maomé. Salientou que, por sua parte, costuma estimular o pensamento individual, fazendo pausas de um ou dois segundos nas suas prédicas de cinco horas consecutivas. Salientou-me a importância de respeitar a proibição de beber e fumar. No entanto, passadas umas horas de festa, foi com alguma euforia que tentou contar-me uma anedota que esqueci e começava mais ou menos com "Um dia, Jesus entrou, com os apóstolos, num bar de Marias Madalenas...".
O Presidente Al-Assad estava impecável, com a sua tradicional pose de Estado. É um líder amado pelo seu povo, que o elegeu, em sufrágio convicto, por 97,29% dos votos em 2000 (percentagem normalíssima em democracias consolidadas). Aceita com resignação este ónus, que o seu pai também suportou. Contra a vontade do Presidente, as pessoas insistem em decorar pracetas e recantos com estátuas suas em bronze.
Pela conversa do Ministro dos Negócios Estrangeiros, fiquei a saber que a Síria é um Estado pacifista e generoso, demarcando-se claramente de actos terroristas e de apoio ao terrorismo. Aliás, na fronteira com o Iraque está uma pequena placa que visa fomentar o remorso por actos terroristas. A Síria dispõe-se frequentemente a acolhar bombistas iraquianos, discretamente, durante algum tempo, para tentar convertê-los ao pacifismo, num programa chamado "Terroristas Anónimos". Não se sabe quantos se converteram, mas todos os que frequentam o programa são depois deixados perto de embaixadas ocidentais ou conduzidos de volta à fronteira, num camião, em plena noite, pois sofrem de fotofobia.
Houve pouquíssimos e breves tempos mortos. Num deles, conheci o pequeno Achmed, um miúdo amoroso de onze anitos, que se cansou da escola e decidiu, com aquele espírito empreendedor que o Governo local fomenta, iniciar um negócio de servir às mesas. Descreveu-me sumariamente a sua vida, desde a casa (que deve ser enorme, porque, em três divisões, cabem também os pais dele, oito irmãos e um número variável de primos) às brincadeiras com amigos (ainda ontem espalharam pela vizinhança que o dono da mercearia se chamava, na verdade, Soren Rasmussen - o que foi muito apreciado, crê-se que até mesmo pelo próprio "Soren", cujo paradeiro concreto se desconhece).
Diverti-me a valer. A comida picante estimulou-me e fartei-me de dançar músicas tradicionais sírias, como a "Balada da neve que não temos e nunca vimos" e "O meu coração rebenta de amor, como um explosivo plástico de fabrico americano". A partir das seis da manhã não me lembro do que fiz, mas sei que, pelas 8, acordei despida descendo o Eufrates num pequeno barco, segurando, numa mão, barbas postiças e, na outra, um papel onde estava escrito um número de telefone de três dígitos do poupado sistema de comunicações sírio".

8.2.06

: ::: :.. .::

A realidade pode ser estranha

Jovem,
a tua vida sentimental está um pouco parada? Andas de olho naquela rapariga que vês passar diariamente? Gostavas de conhecê-la melhor, talvez trocar umas carícias ou até ir um pouco mais longe, como nunca foste com outra qualquer? Estás, porém, um pouco hesitante porque, afinal, tens 23 anos e ela 14? Não estejas.
Casa com ela.

Retomando a tolice habitual...

7.2.06

Um post um bocadinho a sério, para variar

Ex.mo Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros,
nunca provei perninhas de rã, mas presumo que não gosto, a julgar pelo fraco sabor do enorme sapo que V.ª Ex.ª me fez engolir hoje.
A liberdade de expressão por palavras, imagens ou outras formas é uma das conquistas civilizacionais mais definitivamente incrustadas no meu continente. Da Europa espero comportamentos que traduzam a perfeita assimilação de tal liberdade, que me permite, como a qualquer outro, ser imbecil, inconveniente, polémico, idiota, absurdo, provocador e insensato, desde que com isso não venha a lesar outra pessoa. Não posso admitir que o símbolo de uma crença seja a "vítima" de uma calúnia, nem acredito na generalização abusiva de que os seus seguidores são vítimas por transferência. Acharia odioso que alguém retratasse Jesus como um terrorista ou a Virgem Maria como uma mulher licenciosa, mas não me passaria pela cabeça proibir alguém de o fazer, embora fosse o primeiro a criticar-lhe a falta de gosto, a imbecilidade, a inconveniência, a idiotice, a provocação e a insensatez.
O senhor Ministro vê na publicação dos cartoons um incentivo à guerra religiosa. Qual guerra, senhor Ministro? Onde se trava e entre quem? Já que Portugal nada tem que ver com os polémicos cartoons, por que razão os censura? E por que razão não censura mais prontamente o fogo-posto, a pilhagem e a destruição de representações diplomáticas europeias no estrangeiro? Porque não chama a atenção para o facto de um punhado de agitadores não poder, pura e simplesmente, arrogar-se representante de uma civilização? E, finalmente, porque não contribui o senhor para que a Europa surja, a uma só voz, sem fracturas, dizendo ao resto do mundo "não funcionamos assim - habituem-se"?
Por tudo isto lhe peço, com o coração na boca, que não volte a emitir comunicados em nome de "Portugal", de que faço parte, e tente fazê-lo em nome do "Governo Português", por cujos desmandos não me responsabilizo.
Muito obrigado.

6.2.06

Orçamento USA

O orçamento dos Estados Unidos para 2006-2007 reforçou como nunca as despesas com a defesa, retirando verba aos serviços públicos de educação e saúde. Percebe-se o raciocínio do grande líder George W.: se ele, sem grandes gastos nas sua própria educação, chegou onde chegou, para que necessitarão os outros dela? Aliás, os sujeitos educados, também conhecidos como marrões, são tradicionalmente fracos e levam no focinho com muita facilidade. De que serviria um exército desta gente ao "Estado-Pistoleiro"? Para quê formar intelectuais que se borram à primeira vista de um iraquiano com um cinto de TNT em vez de lhe arrancarem imediatamente a cabeça com os dentes? O Incontinental saúda esta decisão de coragem. Thumbs up, mister Bush!

1.2.06

Notícia Breve

A Confraria do Bacalhau também quer condecorar Bill Gates: os membros da Confraria do Bacalhau lamentaram, em comunicado hoje tornado público, que Bill Gates não tenha querido comparecer na cerimónia em que lhe seria imposta a insígnia do fiel amigo, a qual representa um rabo do animal, levemente salgado, que pende de uma fita ao pescoço. Caiu por terra, também, a pretensão de criar uma nova forma de cozinhar bacalhau - a 1002.ª -, que se chamaria, por sinal, "Bacalhau à Gates". Com o passar dos tempos, tem sido difícil inventar novos pratos com o mesmo ingrediente fundamental. Segundo o porta-voz da confraria, que estranhamente pediu o anonimato, o "Bacalhau à Gates" é, essencialmente, bacalhau cozido com a posta arrumada um pouco à esquerda das batatas. A recusa do endinheirado americano parece ter a seguinte razão: quando Sampaio lhe impôs a fita, Bill Gates pensou tratar-se de um concurso de beleza, saiu por dois minutos e regressou em vestido de noite, o que causou sérios embaraços ao staff de Belém e uma crise de choro ao ainda Presidente da República. Após uma breve descompostura de Melinda Gates, o inconsolável Bill optou por enviar um mero representante à Confraria do Bacalhau, o qual foi admitido, na organização, com a categoria de salmonete, tendo sido atribuído o seu nome a uma variação de sardinha de escabeche.

Maré de enlaces

Só mais dois (depois regresso à (a)normalidade): pequeno apanhado de fotografias manipuladas e o fim dos telegramas nos Estados Unidos.

Apontamentos

Três ligeirinhas

Três notícias que, esta manhã, me fizeram sorrir, não sendo nenhuma delas particularmente importante ou digna de grande nota: