6.5.08

Agora é o 5 cent...

50 Cent roubado em Luanda

O mundo do Hip-hop é um pouco o "Bizarro-world": a credibilidade ("rep" de reputation) de um rapper depende da extensão do "curriculum vitae", na sua versão homologada pelas autoridades policiais. Quer dizer, ainda há uns dias houve um "escândalo" com Akon porque se descobriu que os crimes que ele diz ter praticado quando era mais jovem afinal não constam do seu cadastro.
De resto, os mais conhecidos MC's americanos têm um passado de tráfico de drogas, de tráfico de objectos - da esfera jurídica alheia para a própria - e/ou de mulheres (não constitui segredo que Snoop Dogg, por exemplo, seja chulo); contam, na sua "poesia urbana", diatribes passadas envolvendo polícias e a lei, em geral, numa linguagem que faz com que qualquer adepto de futebol mais rebarbado pareça ter a polidez de um nobre inglês. Dizem, "não te metas comigo" senão eu: a) dou-te uma coça; b) limpo-te o sebo; c) dou-te uma coça e limpo-te o sebo; d) dou-te uma coça e limpo-te o sebo e ponho ainda a tua mamã/namorada a render para mim.

No entanto, quando um jovem rapaz, como eles, de resto, já foram, decide ir roubar-lhes as jóias (que eles ganharam sabe-se lá como), não têm reacção concordante com a sua rep: amuam, deixam de tocar e vão-se embora.
O moral da história é que o 50 cent, afinal, é um bocado como o Bad Boy MC Crazy Motherfucker...