"Arte", por VPV
Lembro-me de passear satisfeito pela National Gallery, em Londres, admirando Van Gogh, Botticcelli, Da Vinci e Rafael, para além de outros que a gentalha vulgar não conhece em Portugal, porque continua mergulhada num obscurantismo inevitável do qual nem o comboio a arrancou no século XIX, nem o disco de vinil no século XX (só para falar das descobertas mais emblemáticas) e de onde nem o telefone sem fios a vai tirar no século XXI.
Mas de que falava eu?
Ah... Arte!
Alguns quadros da National Gallery vieram ao CCB, esse símbolo do cavaquismo pato-bravo e bronco do betão. Contrariado, fui espreitar. Como suspeitava, nenhuma daquelas obras tinha qualquer interesse em Portugal, triste país em que a luz é tão má que consegue estragar as mais sublimes criações do espírito humano. Os "Girassóis" de Van Gogh não mereciam ser vendidos na Praça da Figueira, onde, se bem me lembro, há ainda muitas floristas, como mostravam no último filme que vi - "O Pátio das Cantigas".
VPV
Mas de que falava eu?
Ah... Arte!
Alguns quadros da National Gallery vieram ao CCB, esse símbolo do cavaquismo pato-bravo e bronco do betão. Contrariado, fui espreitar. Como suspeitava, nenhuma daquelas obras tinha qualquer interesse em Portugal, triste país em que a luz é tão má que consegue estragar as mais sublimes criações do espírito humano. Os "Girassóis" de Van Gogh não mereciam ser vendidos na Praça da Figueira, onde, se bem me lembro, há ainda muitas floristas, como mostravam no último filme que vi - "O Pátio das Cantigas".
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