Onzes
11 era a alcunha que tinha um senhor da minha terra devido ao facto de a mulher dele lhe ter adornado as frontes.
Quem também tem a testa enfeitada é o Diabo - o Demo, Belzebu, Bob Novak, "o-que-cheira-um-bom-bocado-a-enxofre", Salazar, o Demónio, pronto.
Daí até termos chegado aos 11's fatídicos não será coincidência, mas, dependendo da fé que se tenha, desígnio maior ou simples parvoíce.
11 de Setembro, 11 de Março... "o cão da morte a bafejar no meu pescoço", nas palavras do proto-imortal bardo Adolfo Luxúria Canibal.
Agora, o Blogue do Não quer juntar o 11 de Fevereiro aos terríveis 11's, chamando-lhe, todo pomposo, "cultura da morte".
A metáfora é engraçada e já tinha saudades das figuras de estilo, mas deu-me para pensar que pior que uma "cultura da morte" é a "falta de cultura" ou a "cultura da estupidez".
E o blogue do não já devia estar à espera do que ia acontecer porque até em casa perdeu...
Já que os onzes estão na moda, aqui fica outro onze tenebroso: o Onzeneiro do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Deixo-vos com a sua conversa final com o Diabo, depois de ter sido negado o seu embarque no Batel do Paraíso (o Anjo era lixado...):
DIABO: Entra, entra! Remarás!
Nom percamos mais maré!
ONZENEIRO: Todavia…
DIABO: per forç’é!
Que te pês, cá entrarás!
Irás servir Satanás
porque sempre te ajudou.
ONZENEIRO: Ó triste, quem me cegou?
DIABO: Cal’-te, que cá chorarás.
Quem também tem a testa enfeitada é o Diabo - o Demo, Belzebu, Bob Novak, "o-que-cheira-um-bom-bocado-a-enxofre", Salazar, o Demónio, pronto.
Daí até termos chegado aos 11's fatídicos não será coincidência, mas, dependendo da fé que se tenha, desígnio maior ou simples parvoíce.
11 de Setembro, 11 de Março... "o cão da morte a bafejar no meu pescoço", nas palavras do proto-imortal bardo Adolfo Luxúria Canibal.
Agora, o Blogue do Não quer juntar o 11 de Fevereiro aos terríveis 11's, chamando-lhe, todo pomposo, "cultura da morte".
A metáfora é engraçada e já tinha saudades das figuras de estilo, mas deu-me para pensar que pior que uma "cultura da morte" é a "falta de cultura" ou a "cultura da estupidez".
E o blogue do não já devia estar à espera do que ia acontecer porque até em casa perdeu...
Já que os onzes estão na moda, aqui fica outro onze tenebroso: o Onzeneiro do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Deixo-vos com a sua conversa final com o Diabo, depois de ter sido negado o seu embarque no Batel do Paraíso (o Anjo era lixado...):
DIABO: Entra, entra! Remarás!
Nom percamos mais maré!
ONZENEIRO: Todavia…
DIABO: per forç’é!
Que te pês, cá entrarás!
Irás servir Satanás
porque sempre te ajudou.
ONZENEIRO: Ó triste, quem me cegou?
DIABO: Cal’-te, que cá chorarás.