Uma imagem vale mais que 1.000 Magalhães
"José Sócrates esteve na Escola do Freixo, em Ponte de Lima, a entregar computadores aos alunos do 1.º ciclo. Mas, depois de o primeiro-ministro ir embora, as crianças tiveram de devolver os Magalhães
(...)
Ao que o SOL apurou, foi explicado a alguns alunos que os computadores tinham de ser devolvidos no final da visita de Sócrates por terem problemas nas baterias. No entanto, o conselho executivo da Escola do Freixo garante que «as crianças sabiam» que não iam ficar com os Magalhães naquele dia, porque lhes «foi explicado que era preciso realizar alguns procedimentos administrativos», lê-se no Sol Online.
No primeiro parágrafo transcrito, chama-se a atenção para o exemplo daquilo a que se pode já chamar o Paradigma Socrático: aqui há umas semanas, na América, Sócrates fez a sua mais básica propaganda para vender os portáteis Magalhães aos membros dos países da Conferência Ibero-americana. Duas semanas depois, em Viana do Castelo, Sócrates fez que deu portáteis Magalhães para vender a sua mais básica propaganda. É aquilo a que o português convencionou chamar de "pescadinha de mau hálito, tendo em atenção às merdas que mete na cavidade bucal"... Com uma diferença: no espécime em estudo, o trajecto das referidas "merdas" têm, por referência à cavidade, um trajecto apenas expulsivo. Não que com isso se esteja a querer dizer que o homem é um "cara-de-cu". Nunca!
Por outro lado, não se pode elogiar suficientemente a veia didáctica de José Sócrates. Depois de introduzir o Inglês no ensino primário, é de realçar também este enxerto extra-curricular da ciência política e do direito administrativo nas cabeças das nossas crianças, em termos que elas compreendam: "não fiques triste, Pedrinho. Tens que perceber que o Sr. Primeiro Ministro tinha mesmo que tirar umas fotografias convosco e com os computadores, assim convencendo os portugueses de que o Plano Tecnológico está em marcha e fazendo passar a ideia de que, pelo menos por um dia e numa escola, a Educação não é feita apenas alunos e professores em manifestações contra o Governo. Fica bem nos Telejornais, não achas? Depois, isto não quer dizer que tu não vás ter o teu Magalhães! Tens é de dizer aos teus pais que é preciso preencher o impresso 7-B para que o tenhas de borla. Se os teus pais não estiverem abrangidos pelo 1.º escalão da acção social, vão ter de preencher o impresso 7-A e pagar o computador. E nesse caso, se não tiveres o teu portátil, sabes bem quem tens de culpar, não é, rapagão? Agora corre para o recreio, mas não te esqueças de levar o teu Código de Procedimento Administrativo Ilustrado!...".
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Ao que o SOL apurou, foi explicado a alguns alunos que os computadores tinham de ser devolvidos no final da visita de Sócrates por terem problemas nas baterias. No entanto, o conselho executivo da Escola do Freixo garante que «as crianças sabiam» que não iam ficar com os Magalhães naquele dia, porque lhes «foi explicado que era preciso realizar alguns procedimentos administrativos», lê-se no Sol Online.
No primeiro parágrafo transcrito, chama-se a atenção para o exemplo daquilo a que se pode já chamar o Paradigma Socrático: aqui há umas semanas, na América, Sócrates fez a sua mais básica propaganda para vender os portáteis Magalhães aos membros dos países da Conferência Ibero-americana. Duas semanas depois, em Viana do Castelo, Sócrates fez que deu portáteis Magalhães para vender a sua mais básica propaganda. É aquilo a que o português convencionou chamar de "pescadinha de mau hálito, tendo em atenção às merdas que mete na cavidade bucal"... Com uma diferença: no espécime em estudo, o trajecto das referidas "merdas" têm, por referência à cavidade, um trajecto apenas expulsivo. Não que com isso se esteja a querer dizer que o homem é um "cara-de-cu". Nunca!
Por outro lado, não se pode elogiar suficientemente a veia didáctica de José Sócrates. Depois de introduzir o Inglês no ensino primário, é de realçar também este enxerto extra-curricular da ciência política e do direito administrativo nas cabeças das nossas crianças, em termos que elas compreendam: "não fiques triste, Pedrinho. Tens que perceber que o Sr. Primeiro Ministro tinha mesmo que tirar umas fotografias convosco e com os computadores, assim convencendo os portugueses de que o Plano Tecnológico está em marcha e fazendo passar a ideia de que, pelo menos por um dia e numa escola, a Educação não é feita apenas alunos e professores em manifestações contra o Governo. Fica bem nos Telejornais, não achas? Depois, isto não quer dizer que tu não vás ter o teu Magalhães! Tens é de dizer aos teus pais que é preciso preencher o impresso 7-B para que o tenhas de borla. Se os teus pais não estiverem abrangidos pelo 1.º escalão da acção social, vão ter de preencher o impresso 7-A e pagar o computador. E nesse caso, se não tiveres o teu portátil, sabes bem quem tens de culpar, não é, rapagão? Agora corre para o recreio, mas não te esqueças de levar o teu Código de Procedimento Administrativo Ilustrado!...".