11.9.08

A ciência explicada no Incontinental: Large Hadron Collider

CERN_LHC_t2030shigh Hoje, o mundo não parou de falar da entrada em funcionamento do LHC, o gigantesco acelerador de partículas, construído nas produndezas da fronteira entre a França e a Suíça.

Mas o que é o LHC e para que serve? Assumindo a sua função pedagógica, o Incontinental tudo explica.

Antes de mais, há que tornar mais claros os conceitos de França e de Suíça. A França é um Estado conhecido por ser aquele que, no mundo inteiro, alberga mais cidadãos franceses. Tem uma longa História, que não podemos aqui resumir mas cuja trave-mestra é uma grande capacidade de não ganhar guerras sem ajuda de outros Estados. Os franceses gostam de líderes baixotes, como Napoleão e Sarkozy, e falam um dialecto importado de Portugal, sendo a importação em Agosto. Sarkozy era o antigo Presidente de França, tendo sido recentemente substituído por Carla Bruni, embora nenhum deles tenha noção disso. A Suíça enconsta à França, porque não tem outra escolha. É um Estado que se destaca a vários níveis, dos chocolates aos relógios, do ouro nazi aos depósitos bancários de primos de autarcas portugueses. Se pudesse optar, a Suíça gostaria de se dedicar à pesca de arrasto, mas a geografia não a ajudou. O equivalente à GNR é, naquele país, a Guarda Suíça, que, como o nome indica, protege as vastas fronteiras do Vaticano.

É entre a França e a Suíça, no subsolo, que está instalado o LHC: a máquina de que tanto se fala.

O LHC tem 27 quilómetros de perímetro, o que permite concluir, segundo um especialista ouvido pelo Incontinental, que ocuparia várias freguesias do concelho de Barcelos, se ali tivesse sido construído.

Naquele instrumento, protões são acelerados quase até à velocidade da luz, em sentidos opostos, o que origina uma colisão. Constatada a colisão, chama-se a Guarda (Suíça), que levanta um auto e desenha um croqui.

Os cientistas esperam aprender muitas coisas com a colisão das partículas. Gostariam de encontrar algo a que chamam o "bosão de Higgs". "De Higgs" porque esse é o nome do cientista que o previu, em teoria, e "bosão" porque parece "bujão" e os físicos são muito ordinários. A pessoa equivalente, nos físicos, ao Fernando Rocha tem um CD inteiro só com anedotas dedicadas ao bosão. Crê-se que o bosão de Higgs, a ser descoberto, poderá explicar muitos mistérios do universo, mas a carreira de Armando Vara não é um deles. Já o bujão de Higgs não servirá para explicar nada, cumprindo apenas, rotineiramente, a sua função corporal há quase 80 anos.

Alguns cépticos afirmam que o LHC não serve para nada. Garantem que a velocidade das partículas é bastante menor do que aquela que foi anunciada. Citam o caso de Luís Filipe Menezes, que representou a sua liderança como um Ferrari, para demonstrar que é possível acreditar seriamente que qualquer objecto vai muito depressa apesar de estar parad0.

Ainda assim, a maioria dos cientistas acredita no sucesso da experiência. As aplicações dos conhecimentos adquiridos através do LHC são imensas. Em Portugal, por exemplo, o Ministério da Economia viu nos protões acelerados a única coisa mais rápida do que o TGV ou Michael Phelps. Aliás, Manuel Pinho já veio prometer uma linha de aceleradores de partículas Lisboa-Porto e outra Lisboa-Madrid, garantindo que "até 2020, 50% dos passageiros farão esses percursos em protões acelerados".