13.6.07

Inglês técnico(-futebolístico)

Toda a gente que segue o fenómeno desportivo, e falo especificamente de futebol, conhece os dotes de treinadores e jogadores portugueses para falar a língua universal, o inglês.
Enquanto que qualquer ser de outro mundo, mal chegue a este, fala logo um inglês americano irrepreensível, os portugueses da bola, oriundos do Planeta Terra (ainda que do 3.º mundo), mostram dificuldades em dizer mais que duas ou três palavras na língua de Shakespeare, Oscar Wilde e Steven Segal.
José Mourinho vai mostrando grande fluência gramatical, mas ainda se debate com aquele problema dos "th" (em que, por exemplo, something é lido "somessing").

Acabou o Holanda Vs Portugal do Europeu de Sub-21, jogo que perdemos (2-1) e o nosso treinador José Couceiro foi expulso.
Instado a comentar a sua expulsão pelo "jornalista" da TVI (daí as aspas), José Couceiro diz: « 30 anos que ando no futebol e nunca tinha sido expulso. O que aconteceu foi que o lateral deles já tinha amarelo e agarrou a camisola do Varela. E eu só disse "It's fault! It's fault!"...».

Na minha opinião, o árbitro tem toda a razão. Um técnico que anda há 30 anos no futebol devia, pelo menos, saber dizer falta em inglês. E o facto de não o saber, não é culpa ("fault") do árbitro.
É que a língua inglesa não se fica pelas palavras "ref", "yellow", "red", "corner", "off-side" e "pénalte"...