Sintomas de profunda decadência
Uma pessoa sabe que entrou numa espiral de decadência profunda, num vórtex de estupidez, em várias alturas da vida.
Neste momento estou a ver "As tardes da Júlia". Explicações adicionais seriam desnecessárias, mas vamos dar às coisas uma cor extra.
O tópico é "Sexo depois dos 60 anos" e, neste momento, está uma senhora com os seus 70 anos, cujo marido faleceu, a dizer que quer sexo.
Já se desceu a bitola mais uns degraus. Mas vamos até ao fundo.
«Eu quero um homem mas não só para passear» foi uma das frases-chave ditas pela geronte, que acaba de revelar, toda brejeira, que tem sonhos sexuais com o marido, chegando a acordar aos gritos. Em cada oração, a velhinha consegue meter 2 innuendos sexuais, enquanto diz que, quando o marido era vivo, aproveitava todos os momentos possíveis para andar no "stick": «Ui... era uma felicidade louca. Tão depressa estávamos aqui como a seguir estávamos ali», apontando, finalmente, para o chão.
Para ajudar à festa, a Júlia "megafone" Pinheiro já disse que «a virgindade não se perde. É uma coisa que, a partir de uma certa altura, já não faz falta nenhuma».
«O sexo é uma coisa que já não presta e que se vai deitar fora», disse agora outro participante com os seus 72 anos, de nome Américo, explicando que «sem amor, não há nada». «Lembro-me de fazer amor 10 vezes por noite... Agora a dedicação é outra», «Vivi com 55 mulheres, que eu já fiz a conta».
Mas a minha preferida deste senhor, que é mesmo fabulosa: «Antes, era só mandar um tiro. Agora é preciso montar a espingarda, limpá-la, oleá-la e só depois é que se dispara».
O Sr. Américo é uma máquina, mas a ingenuidade que teria aos 20 anos deu lugar a uma fanfarronice patética e ele acaba de descrever como, nos bailaricos, "bate o coro" (na expressão nortenha) às velhinhas mais afoitas. Muito triste.
A conclusão a tirar disto tudo é que os "bailinhos" são os hot spots de ataque da comunidade sénior. Os homens aparecem por lá, com pensamentos viagrados, cabendo-lhes a iniciativa primeira de prospecção de talentos, na escolha da senhora mais jeitosa. É claro que nem todos têm os mesmos parâmetros e sempre há quem dance com todas as que podem a ver quem lhes pega. A fórmula de sucesso, simples, é-nos revelada pelo Sr. Fernando: «Se um está disponível e o outro receptivo, lá vai!!».
O primeiro telefonema da tarde diz-nos «já fiz a monopausa».
Acho que chega.
Vou mudar para a Rede Record, para ver qual a seita de hoje.
Uh-hu! Um gajo vestido de franciscano a falar um inglês cicioso com pronúncia italiana, traduzido por um colega para português do Brasil!
Neste momento estou a ver "As tardes da Júlia". Explicações adicionais seriam desnecessárias, mas vamos dar às coisas uma cor extra.
O tópico é "Sexo depois dos 60 anos" e, neste momento, está uma senhora com os seus 70 anos, cujo marido faleceu, a dizer que quer sexo.
Já se desceu a bitola mais uns degraus. Mas vamos até ao fundo.
«Eu quero um homem mas não só para passear» foi uma das frases-chave ditas pela geronte, que acaba de revelar, toda brejeira, que tem sonhos sexuais com o marido, chegando a acordar aos gritos. Em cada oração, a velhinha consegue meter 2 innuendos sexuais, enquanto diz que, quando o marido era vivo, aproveitava todos os momentos possíveis para andar no "stick": «Ui... era uma felicidade louca. Tão depressa estávamos aqui como a seguir estávamos ali», apontando, finalmente, para o chão.
Para ajudar à festa, a Júlia "megafone" Pinheiro já disse que «a virgindade não se perde. É uma coisa que, a partir de uma certa altura, já não faz falta nenhuma».
«O sexo é uma coisa que já não presta e que se vai deitar fora», disse agora outro participante com os seus 72 anos, de nome Américo, explicando que «sem amor, não há nada». «Lembro-me de fazer amor 10 vezes por noite... Agora a dedicação é outra», «Vivi com 55 mulheres, que eu já fiz a conta».
Mas a minha preferida deste senhor, que é mesmo fabulosa: «Antes, era só mandar um tiro. Agora é preciso montar a espingarda, limpá-la, oleá-la e só depois é que se dispara».
O Sr. Américo é uma máquina, mas a ingenuidade que teria aos 20 anos deu lugar a uma fanfarronice patética e ele acaba de descrever como, nos bailaricos, "bate o coro" (na expressão nortenha) às velhinhas mais afoitas. Muito triste.
A conclusão a tirar disto tudo é que os "bailinhos" são os hot spots de ataque da comunidade sénior. Os homens aparecem por lá, com pensamentos viagrados, cabendo-lhes a iniciativa primeira de prospecção de talentos, na escolha da senhora mais jeitosa. É claro que nem todos têm os mesmos parâmetros e sempre há quem dance com todas as que podem a ver quem lhes pega. A fórmula de sucesso, simples, é-nos revelada pelo Sr. Fernando: «Se um está disponível e o outro receptivo, lá vai!!».
O primeiro telefonema da tarde diz-nos «já fiz a monopausa».
Acho que chega.
Vou mudar para a Rede Record, para ver qual a seita de hoje.
Uh-hu! Um gajo vestido de franciscano a falar um inglês cicioso com pronúncia italiana, traduzido por um colega para português do Brasil!