Admirável Mundo Novo ou «Say my name, bitch!»
O ministro das Finanças recusa qualquer responsabilidade do Governo no despacho da Direcção-Geral dos Impostos (DGI), que ordenava aos vários serviços o preenchimento de mapas com o número mecanográfico e de identificação fiscal dos funcionários em greve.
Passando por cima desse pormenor de somenos que é o facto daquela DGI ser um órgão do Ministério da Administração e Finanças Públicas, que é um dos super-ministérios deste Governo, o que eu acho mais indescritível no despacho é que a identificação da pessoa que faz greve se faça por recurso a números, reduzindo-a à qualidade de funcionário/contribuinte.
Mas, no meio disto tudo, tenho uma coisa a agradecer à Direcção-Geral dos Impostos. Finalmente percebi o porquê da ira, extrema e psicótica, do vocalista dos Comme Restus, quando vocifera este pedaço de poesia:
«Ai! Ui! Ai! Ui!
Ai! Ui! Ai!
Eu Xámome Ãtónio».
Às vezes, é mesmo preciso.
Passando por cima desse pormenor de somenos que é o facto daquela DGI ser um órgão do Ministério da Administração e Finanças Públicas, que é um dos super-ministérios deste Governo, o que eu acho mais indescritível no despacho é que a identificação da pessoa que faz greve se faça por recurso a números, reduzindo-a à qualidade de funcionário/contribuinte.
Mas, no meio disto tudo, tenho uma coisa a agradecer à Direcção-Geral dos Impostos. Finalmente percebi o porquê da ira, extrema e psicótica, do vocalista dos Comme Restus, quando vocifera este pedaço de poesia:
«Ai! Ui! Ai! Ui!
Ai! Ui! Ai!
Eu Xámome Ãtónio».
Às vezes, é mesmo preciso.
