Revista de Imprensa
O excesso de informação é, realmente, coisa prejudicial - olhem só para os americanos, que mesmo que queiram acabar os estudos (na esteira do preconizado por este Governo), têm de escolher ir à escola nos dias em que não há armas.
Ora, vamos lá ver:
- No Diário Digital,
Juízes contra mapa judiciário proposto pelo Governo
Este é o chamado "radical contra". Não há meio termo. Somos contra e acabou. O leitor lê o cabeçalho e sabe que não parece haver qualquer possibilidade de acordo. Num país normal, as pessoas preocupar-se-iam; em Portugal, sorri-se e chama-se nomes a cada uma das facções.
- No Público,
Reforma do sistema judicial envolta em polémica
Mapa judiciário do Governo alvo de críticas e de uma alternativa dos juízes
Aqui está o caso clássico do "contra, mas". É o exemplo dialéctico, no qual à tese se opõe uma antítese. Hegel e Marx, cada um na sua linha, estariam orgulhosos.
O leitor fica a saber que há discussão e ideias, a bem de uma solução justa e ponderada. Em Portugal, fica-se a saber que se fará o que o Governo entende, "a bem da Nação", sendo que esta aparência de discussão sossega o leitor, criando a fraquíssima, mas ainda assim suficiente, ilusão que se vive numa democracia saudável e participativa.
Ainda assim, os epítetos de "chulos" ou "cabrões" (ou derivados) estão destinados a aparecer.
- Na Fábrica de Conteúdos (ãh??!)
Novo mapa judiciário aceite pelos juízes
Presidente da ASPJ considera que algumas medidas levarão ao caos
Aqui só há estupidez.
Qualquer leitor fica confuso. Então, aceita-se o novo mapa, mas algumas medidas levam ao caos?
Estava a chover mas eu saí de casa sem guarda-chuva (ou "chusso") e de manga curta?
Em Portugal, aceita-se a notícia como normal e chama-se nomes a toda a gente, jornalistas incluídos - o que, neste último caso, até é justo.
Ora, vamos lá ver:
- No Diário Digital,
Juízes contra mapa judiciário proposto pelo Governo
Este é o chamado "radical contra". Não há meio termo. Somos contra e acabou. O leitor lê o cabeçalho e sabe que não parece haver qualquer possibilidade de acordo. Num país normal, as pessoas preocupar-se-iam; em Portugal, sorri-se e chama-se nomes a cada uma das facções.
- No Público,
Reforma do sistema judicial envolta em polémica
Mapa judiciário do Governo alvo de críticas e de uma alternativa dos juízes
Aqui está o caso clássico do "contra, mas". É o exemplo dialéctico, no qual à tese se opõe uma antítese. Hegel e Marx, cada um na sua linha, estariam orgulhosos.
O leitor fica a saber que há discussão e ideias, a bem de uma solução justa e ponderada. Em Portugal, fica-se a saber que se fará o que o Governo entende, "a bem da Nação", sendo que esta aparência de discussão sossega o leitor, criando a fraquíssima, mas ainda assim suficiente, ilusão que se vive numa democracia saudável e participativa.
Ainda assim, os epítetos de "chulos" ou "cabrões" (ou derivados) estão destinados a aparecer.
- Na Fábrica de Conteúdos (ãh??!)
Novo mapa judiciário aceite pelos juízes
Presidente da ASPJ considera que algumas medidas levarão ao caos
Aqui só há estupidez.
Qualquer leitor fica confuso. Então, aceita-se o novo mapa, mas algumas medidas levam ao caos?
Estava a chover mas eu saí de casa sem guarda-chuva (ou "chusso") e de manga curta?
Em Portugal, aceita-se a notícia como normal e chama-se nomes a toda a gente, jornalistas incluídos - o que, neste último caso, até é justo.