7.3.07

O último estádio de evolução ou Porque é que o mundo podia muito bem acabar já hoje

Há alturas em que reparamos que a humanidade chegou à sua definitiva forma.
Há alturas em que olharmos para um "Guernica" ou para um "A Persistência da Memória" deixa de nos fazer sentido, mas não no mau sentido.
Há alturas que até os Monty Python, o Woody Allen, o Big Train ou o Fast Show têm menos piada, mas não no mau sentido.
Há alturas em que as linhas do Pessoa nos encontram com um verdadeiro couraçado de indiferença, porque estamos num estado de beatitude tal que nada nos diz grande coisa, mas não no mau sentido.
Há alturas em que ouvir o Jeff Buckley, os Radiohead, Bach, o Horowitz a tocar o Concerto n.º 3 para piano em Ré menor do Rachmaninov, com o Zubin Mehta a conduzir... e até o Tom Waits (sim, até ele!) não nos "bate" como o costume, porque se tropeçou no sentido da vida!
É por essa altura que pensamos que o mundo pode acabar.... Que já nada importa. Que Deus não só existe como nos está a piscar o olho lá de cima!
Porquê, perguntam?
Por isto...