Lógica
Na altura do bom Eng. Guterres, foi aprovada legislação que estabeleceu, até 2006, o valor da inflação como limite dos aumentos do preço da electricidade. Até agora, por força da dita legislação, os aumentos foram artificialmente limitados. Terminado o período de vigência da lei em causa, o mercado reporá os valores em falta de uma só vez, o que originará o tão falado aumento de 15,7 por cento em 2007.
Estes factos são resumidos pelo secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, de uma forma particularmente sagaz: "a culpa do aumento de 15,7 por cento no preço da electricidade em 2007 é dos consumidores, porque este défice tem de ser pago por quem o gerou".
Cá está! Assim se fecha perfeitamente o círculo lógico. Já que são os consumidores os responsáveis pelos aumentos, é justo que sejam eles a suportá-los. Todos os outros (Governo, ERSE, EDP...) são inocentes espectadores - quiçá vítimas - dos desmandos irracionais através dos quais os consumidores comandam o país. Aliás, a afirmação citada peca por defeito, pois não é de excluir a responsabilidade dos consumidores nas subidas dos preços dos combustíveis, das portagens, do estacionamento e dos impostos.
Só será de excluir a nossa responsabilidade colectiva na aparição de um ou outro mau governante, porque esses, ao que parece, são de geração espontânea.
Estes factos são resumidos pelo secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, de uma forma particularmente sagaz: "a culpa do aumento de 15,7 por cento no preço da electricidade em 2007 é dos consumidores, porque este défice tem de ser pago por quem o gerou".
Cá está! Assim se fecha perfeitamente o círculo lógico. Já que são os consumidores os responsáveis pelos aumentos, é justo que sejam eles a suportá-los. Todos os outros (Governo, ERSE, EDP...) são inocentes espectadores - quiçá vítimas - dos desmandos irracionais através dos quais os consumidores comandam o país. Aliás, a afirmação citada peca por defeito, pois não é de excluir a responsabilidade dos consumidores nas subidas dos preços dos combustíveis, das portagens, do estacionamento e dos impostos.
Só será de excluir a nossa responsabilidade colectiva na aparição de um ou outro mau governante, porque esses, ao que parece, são de geração espontânea.