18.7.06

Porque não regressam os portugueses do Líbano?

O Incontinental apurou hoje as razões pelas quais os portugueses permanecem no Líbano. Segundo fonte governamental, "há que seguir procedimentos, mas com o SIMPLEX implementado, tudo será mais rápido e simples". Amanhã, será publicado no Diário da República o aviso de abertura do "concurso com vista à concessão do serviço público de transporte ocasional de emergência entre Beirute e Lisboa, por via terrestre, aérea, marítima ou à boleia". O prazo para apresentação de propostas é apertadito - apenas 30 dias. Até final de Agosto, serão seriados os candidatos, que poderão reclamar em Setembro. Em Outubro, será escolhido o vencedor, que assinará o contrato o mais tardar no Natal. Em Janeiro, seria possível reunir todas as condições para trazer os portugueses. Seria, mas não será, porque está marcada uma greve pelo "Sindicato dos Pilotos e Motoristas do Serviço Público de Transporte Ocasional de Emergência entre Beirute e Lisboa, por Via Terrestre, Aérea, Marítima ou à Boleia" (S.P.M.S.P.T.O.E.B.L.V.T.A.M.B.), apesar de este só se constituir formalmente em Outubro próximo.
A tarifa a cobrar por este serviço é apenas simbólica - 1 euro - mas sofre duas correcções, que tendem para o infinito: uma decorrente da subida dos preços do crude; a outra dependente do equipamento (avião, barco, autocarro, etc.) a utilizar. Tal equipamento não está ainda definido, já que, ainda segundo fonte do Governo, "seria impossível saber que símbolo gravar nos estofos antes de conhecer o adjudicatário do concurso com vista à concessão do serviço público de transporte ocasional de emergência entre Beirute e Lisboa, por via terrestre, aérea, marítima ou à boleia, não é? Seria estúpido!". Por esta razão, assim que acabar o Carnaval, será aberto o "concurso para fornecimento de meios para efectivação de transporte ocasional de emergência entre Beirute e Lisboa, por via terrestre, aérea, marítima ou à boleia".
Perguntámos se estão a ser consideradas soluções mais expeditas. A resposta foi um claro e seguríssimo "sim!", tendo já sido indicados pelo Governo vinte nomes para integrar uma comissão multidisciplinar que irá estudar alternativas e estará inteiramente formada assim que a Assembleia da República indicar os restantes membros, que poderão começar a receber propostas assim que acabarem de instalar-se na sede da dita comissão, a construir brevemente.