Tribunal fugiu de Fátima Felgueiras
Naquilo que os primeiros especialistas que analisaram a questão designam como "lacose" - doença debilitante que afecta o sistema nervoso central e resulta da inalação excessiva de laca -, o colectivo que julgava Fátima Felgueiras, bem como o procurador-adjunto e vários agentes encarregados de vigiar a autarca fugiram para o Brasil. A notícia apanhou muita gente de surpresa. Responsáveis pelo tribunal telefonaram do Rio de Janeiro para a redacção do Incontinental, afirmando que tudo não passou de um caso de força maior, pois só queriam apanhar ar fresco e nenhum lugar parecia suficientemente longínquo para tal. Segundo nos comunicou esta fonte, é intenção da justiça voltar a Portugal "e enfrentar a autarca" assim que se proporcionar. Entretanto, Fátima Felgueiras confessou-se desiludida ao nosso repórter, que desmaiou ao ser tocado pela franja rija da entrevistada, ainda conseguindo ouvir algo como "estes até estavam a dar luta", mesmo antes de cair.
A oposição chamou a atenção para o facto de Portugal não estar preparado para um surto de lacose, acusando o Governo de ignorar um relatório da OMS em que se identificava o couro cabeludo de Fátima Felgueiras como potencial fonte de contágio. Note-se que, até agora, a maior ameaça, se assim se pode chamar, que se pensou ter saído do cabelo de alguém foi retratada por Nicolau Tolentino em "O colchão dentro do toucado", que na altura tinha muita piada mas, bem vistas as coisas, é tonto que se farta.
Confrontada com o dito poema, Fátima Felgueiras chorou e reconheceu ser a peça literária que mais a marcou em toda a vida, mostrando que ainda guarda no cabelo vários objectos aos quais permanece ligada emocionalmente e que exibiu com evidente emoção: uma boneca de trapos, um álbum de fotografias e um saco azul cujo conteúdo se desconhece mas a visada afiançou tratar-se apenas de roupa suja.
A oposição chamou a atenção para o facto de Portugal não estar preparado para um surto de lacose, acusando o Governo de ignorar um relatório da OMS em que se identificava o couro cabeludo de Fátima Felgueiras como potencial fonte de contágio. Note-se que, até agora, a maior ameaça, se assim se pode chamar, que se pensou ter saído do cabelo de alguém foi retratada por Nicolau Tolentino em "O colchão dentro do toucado", que na altura tinha muita piada mas, bem vistas as coisas, é tonto que se farta.
Confrontada com o dito poema, Fátima Felgueiras chorou e reconheceu ser a peça literária que mais a marcou em toda a vida, mostrando que ainda guarda no cabelo vários objectos aos quais permanece ligada emocionalmente e que exibiu com evidente emoção: uma boneca de trapos, um álbum de fotografias e um saco azul cujo conteúdo se desconhece mas a visada afiançou tratar-se apenas de roupa suja.