2.7.07

«There's method in his madness» (Billy Shakespeare) ou "O Método Socrático"

Protestos fazem parte da «festa da democracia», diz Sócrates com um sorriso nos lábios.
A verdade é que Sócrates, apesar da contestação de que tem sido alvo e a descida nos barómetros de popularidade, tem-se apresentado sempre com uma aparência de extrema serenidade.
"O Incontinental", no entanto, usando meios nunca antes vistos no mundo da blogosfera - ajoelhem-se, bloggers e leitores infiéis! E temam! TEMAM!!! -, conseguiu entrar na mente de José Sócrates.
Para além do monte de fel corrosivo do qual tivemos de nos desviar, conseguimos ver que o Primeiro-Ministro, quando confrontado com manifestações ou qualquer pessoa que discorda dele, revê, em modo de repetição, a seguinte cena cinematográfica.


(Happiness, 1998)

1.7.07

Homenagens

Em Agosto, cumprir-se-ão dez anos desde o momento em que, após uma longa separação, os joelhos da princesa Diana voltaram a encontrar-se.
Sucedem-se as homenagens.
Ontem, dois jovens tentaram recriar os últimos momentos da princesa do povo, fazendo embater um jipe contra a entrada do aeroporto de Glasgow. O aeroporto não é um túnel e a porta não é um pilar, mas a imitação tosca tem uma candura que certamente agradaria à visada.
No estádio de Wembley, os filhos de Diana organizaram um concerto em memória da mãe, no qual tocaram os Duran Duran, Elton John e Nelly Furtado. Se a presença dos primeiros se justifica por serem uma banda do agrado da princesa e a do segundo por ter escrito, após a morte dela, uma canção-fetiche de qualquer suicida (adaptada, ainda por cima, de outra escrita para Marilyn Monroe, revelando que não se deu sequer ao trabalho de inventar uma para a ocasião), não percebia o que estaria ali a fazer a Nelly Furtado.
Depois, lembrei-me que um dos últimos sucessos da rapariga dá pelo nome de man eater.
Sem dúvida, a homenagem perfeita.